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Juiz aos 26 e com muito sofrimento

Juntos por toda a jornada. Pela mão até a aprovação!

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juiz aos 26 anos Douglas Rodrigues

Juiz aos 26 e com muito sofrimento

A história inspiradora de Douglas Rodrigues

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  • Do interior de Goiás ao TRF2
  • A origem e os primeiros desafios
  • A decisão de fazer Direito
  • O primeiro passo rumo à magistratura
  • A mudança de vida: o estágio na Justiça Federal
  • O fundo do poço: macarrão instantâneo e lágrimas
  • A conquista da estabilidade e o foco na magistratura
  • O método de estudo: perguntas e respostas que transformaram sua preparação
  • O que deu certo: o sistema de perguntas estruturantes
    • Criação de um material próprio personalizado:
  • O que funcionou menos: experiências que refinaram seu método
  • A realização de um sonho construído com sacrifício
  • Motivação final: os três pilares da aprovação
  • Direcionamento Nível Ênfase

Do interior de Goiás ao TRF2

“Minha mãe me teve aos 14 anos, meu pai aos 16, então foram pais bem jovens. E eu sempre fui aluno de escola pública.”

Assim Douglas Rodrigues, Juiz Federal no TRF2, começa a compartilhar com João Mendes a sua jornada.

Ela foi marcada por extremas dificuldades financeiras, fé inabalável e uma determinação que o levou a se tornar, aos 26 anos, possivelmente o segundo Juiz Federal mais jovem do Brasil.

Douglas é filho de uma cabeleireira e um mecânico em Rio Verde, Goiás, e construiu sua trajetória enfrentando desafios que poucos conseguem imaginar. 

Desde trabalhar varrendo cabelo no salão da mãe aos 12 anos até viver com apenas R$ 200 mensais para todas as despesas pessoais, sua história é um testemunho poderoso de que a perseverança pode superar qualquer obstáculo.

Hoje, vamos explorar as escolhas e estratégias que o guiaram na preparação para, quem sabe, inspirar você a alcançar o mesmo resultado.

 

A origem e os primeiros desafios

O caminho de Douglas começou cedo. 

Estudou em escolas públicas e desde criança precisou trabalhar para ajudar a família.

Seu primeiro emprego foi marcante: 

“Meu primeiro emprego que eu costumo dizer foi varredor de cabelo em salão. […] Minha mãe não tinha com quem me deixar. Então eu ia pro salão com ela, varria lá os cabelinhos para ficar aguardando ela. […] Eu ganhava R$ 2, R$ 5 por dia ali, mais ou menos.”

Douglas continuou trabalhando durante toda a adolescência, passando por diversos empregos: 

“Depois desse mini emprego […] eu trabalhei também na minha cidade de lavador de cadeira. […] O primeiro emprego sério, sério, sério mesmo foi repositor de supermercado, né? […] E no terceiro ano do ensino médio […] eu consegui um emprego numa loja de motos.”

 

A decisão de fazer Direito

O interesse pelo Direito surgiu de forma inusitada: 

“Meu pai tinha um amigo que era policial rodoviário federal […] e parece que esse amigo tinha feito Direito. Então meu primeiro estímulo a fazer o direito foi mais ou menos querendo ir pra carreira policial.”

Além disso, Douglas também teve como referência o seu avô, a primeira pessoa formada da família, que também cursou Direito.

Quando terminou o ensino médio, Douglas enfrentou uma realidade comum em sua cidade: a ausência completa de uma cultura de querer cursar uma universidade pública entre os jovens de sua classe social.

“Quando eu concluí o ensino médio, os ciclos sociais onde eu estava, o ambiente cultural onde eu estava, nós não tínhamos essa mentalidade […] Ingressar na faculdade já era algo primor, já era algo grandioso. A faculdade pública, para você ter uma ideia, João, eu não conheço nenhum amigo meu da minha cidade, do meu ciclo social, nenhum zero que tenham feito universidade pública.”

Para Douglas, as opções eram limitadas e predeterminadas pelo ambiente onde cresceu. 

Em Rio Verde, quem queria cursar o ensino superior tinha apenas três universidades privadas como alternativa. 

Essa limitação não era uma questão de capacidade, mas sim de contexto social e cultural – uma realidade que moldava as expectativas e possibilidades de toda uma geração de jovens da região.

 

O primeiro passo rumo à magistratura

Preocupado com os custos da faculdade, Douglas não queria sair do ensino médio e ingressar na faculdade, mas uma conversa importante mudou seu pensamento: 

“Eu fui conversar com a minha mãe, falei: ‘Mãe, estou no ensino médio, o que que eu faço? Eu não vou conseguir pagar a faculdade.’” 

Naquele momento, sua mãe não hesitou em apoiá-lo. 

Mesmo com as limitações financeiras da família, ela o encorajou a seguir em frente, prometendo que encontrariam uma forma de custear os estudos. 

O apoio familiar se materializou através do avô de Douglas, que se responsabilizou pelo pagamento da primeira mensalidade e da matrícula da faculdade, tornando possível o início de sua jornada acadêmica.

Durante a faculdade, Douglas mantinha uma rotina desafiadora: servia no Tiro de Guerra das 4h às 12h, trabalhava das 12h às 18h, fazia autoescola, frequentava a faculdade à noite e ainda encontrava tempo para estudar para o concurso de delegado a qualquer hora do dia.

Ele mesmo reconhece a dificuldade dessa época dizendo: “Isso era graça de Deus. Eu não sei da onde eu tirava tanta energia na época.”

Essa dedicação rendeu frutos: mesmo estando apenas no quarto período da faculdade e sem ter sequer estudado Direito Penal, ele obteve uma nota surpreendente no concurso.

“Eu lembro que eu tirei 60 e se eu não me engano a nota de corte foi 69.”

Esse resultado lhe trouxe uma descoberta transformadora: os concursos públicos não eram uma barreira impossível. 

Pela primeira vez, Douglas viu que era possível alcançar seus objetivos através dos estudos, o que alimentou sua determinação para os desafios que estavam por vir.

 

A mudança de vida: o estágio na Justiça Federal

O ponto de virada veio quando Douglas conseguiu um estágio na Justiça Federal: 

“Foi o juiz federal da subseção lá de Rio Verde, Dr. Paulo Augusto Moreira Lima, ele abriu um processo seletivo […] E esse é o ponto que mudou minha vida. Esse, exatamente esse estágio na Justiça Federal, foi o que de fato mudou minha vida.”

Foi nesse estágio que Douglas teve sua revelação profissional: 

“Quando eu estava no estágio na Justiça Federal, eu queria ser juiz federal. Parece que eu senti, ‘Poxa, eu posso!’”

Mas essa mudança veio com um preço: a redução drástica de sua renda, que o levaria aos momentos mais difíceis de sua vida, preparando o terreno para a adversidade extrema que ele enfrentaria a seguir.

 

O fundo do poço: macarrão instantâneo e lágrimas

Mesmo com toda a dedicação aos estudos, Douglas enfrentou momentos de extrema dificuldade durante sua jornada acadêmica. 

Ele narrou um episódio marcante que quase o fez questionar tudo:

Morando sozinho em uma kitnet de 9m² em Goiás, ganhando R$ 1.000 de bolsa estágio na Justiça Federal e pagando R$ 400 de aluguel mais R$ 400 de faculdade, Douglas sobrevivia com apenas R$ 200 para todas as demais despesas.

“Eu comprava aquela bolachinha Mabel […] um pacote daquele por semana ou enfim, na periodicidade que dava, eu dividia aquilo, e era meu lanche todo dia, de manhã e à tarde.”

Mas o momento mais difícil veio quando nem isso era possível:

“Eu estava com tanta fome, tanta fome, que eu lembro que vasculhei meu armário, eu achei um macarrão instantâneo lá no fundo. Só que eu estava sem gás, aí não tinha como fazer o macarrão instantâneo. E ele estava vencido.”

Douglas continua: 

“Aí eu lembro que eu abri esse macarrão instantâneo, peguei o tempero que veio nele, joguei em cima. […] Eu lembro que eu comi o macarrão instantâneo assim, eu chorava, o macarrão cozinhou com as minhas lágrimas”

A sensação de desespero foi intensa, mas Douglas não deixou que aquele momento o definisse: 

“Eu falei: ‘Deus, eu sou grato por esse macarrão instantâneo’. Eu chorava assim, falava assim: ‘Senhor, eh, pode colocar tantas provas, eu não vou murmurar, eu vou permanecer fiel e eu vou continuar fazendo o que eu tenho que fazer.'”

 

A conquista da estabilidade e o foco na magistratura

Depois de anos de extremas dificuldades, Douglas finalmente conseguiu uma oportunidade que mudaria sua trajetória: um trabalho como assessor de uma juíza no Tribunal de Justiça de Goiás, em Goiânia.

Douglas relembra o momento simbólico de sua primeira vitória:

“Eu lembro quando eu recebi o primeiro salário, eu fui com a minha atual esposa […] num pit dog lá […] eu lembro que eu pedi um lanche que era R$ 100, cara. […] Eu chorava enquanto eu estava comendo […] Aquele sanduíche foi a minha primeira vitória.”

Com a estabilidade financeira conquistada, Douglas pôde finalmente se dedicar com tranquilidade aos estudos para a magistratura federal.

 

O método de estudo: perguntas e respostas que transformaram sua preparação

Com o tempo, Douglas descobriu que precisava de uma abordagem mais eficiente e desenvolveu seu próprio método de estudo.

 

O que deu certo: o sistema de perguntas estruturantes

Criação de um material próprio personalizado:

“O meu principal método de estudo é o estudativo. […] Era um que eu confeccionava em Word, abria um arquivo em Word. […] Eu fazia um jogo de perguntas e respostas. Essa era a minha principal ferramenta de estudo, o jogo de perguntas e respostas. Isso fazia com que o estudo fosse ativo.”

Douglas explica que fazia cerca de 10 perguntas por aula de uma hora, focando em: 

“perguntas estruturantes sobre a matéria: definições, conceitos […] e situações que eu olhava e falava assim: ‘Olha, se eu lesse isso aqui na hora da prova eu ia errar, porque o meu senso comum, o meu raciocínio lógico ia para um outro sentido.'”

  1.  Adaptação constante do método de estudo:
    “Eu variava a forma de estudo à medida em que aquilo me deixava extenuado, já estava cansado de ouvir a aula. Aí eu passava para leitura, […] estava cansada da leitura […] Aí eu ia ouvir a aula de uma forma mais passiva.”
  2. Leitura intensiva de informativos e jurisprudência:
    “Eu lia muito informativo […] porque o informativo eu acho importante, jurisprudência no geral para concurso da magistratura, porque eles te dão raciocínio jurídico […] De tanto você lê informativos do STJ, precedentes vinculantes, você vai pegando a forma daqueles ministros pensarem. […] Então você vai argumentar de forma racional e fundamentada juridicamente.”

 

O que funcionou menos: experiências que refinaram seu método

  1. Doutrina como material principal:

“Confesso, não é algo que eu possa dizer: ‘Ah, isso foi algo determinante’. […] Pelo contrário, quando eu passei, eu nem lembrava direito que eu tinha lido […] Mas sempre será um excelente material de consulta. “

  1. Foco excessivo no tempo:

Douglas descobriu que a ansiedade por passar rapidamente pode ser prejudicial. Após uma reprovação no TRF1, ele mudou sua mentalidade: “Eu tinha comigo assim, se eu passar daqui até os 40 anos, está ótimo. Eu tinha 25, é como se eu tivesse me dado 15 anos para passar num concurso.”

 

A realização de um sonho construído com sacrifício

Depois de uma jornada de 4 anos, Douglas Rodrigues se tornou Juiz Federal do TRF2, lotado em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, onde mora com sua esposa em Niterói. 

Aos 26 anos, possivelmente o segundo juiz federal mais jovem do Brasil, ele representa a prova viva de que a perseverança pode superar qualquer obstáculo.

Da kitnet de 9m² onde chorava comendo macarrão instantâneo vencido aos gabinetes da Justiça Federal, Douglas nunca perdeu a fé de que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.

Como ele mesmo define: 

“A sabedoria não é medida nem mesmo exaurida, pelo número de provações boas ou mal vistas que tu vais enfrentar. […] A sabedoria tem a ver com quão rápido você aprende as lições que a vida quer te dar.”

 

Motivação final: os três pilares da aprovação

Quando perguntado sobre os fatores determinantes de sua aprovação, Douglas foi direto sobre os três princípios que o guiaram:

Fé: “A fé sempre me guiou, porque a fé é a certeza das coisas que se espera e a convicção daquilo que não se vê. Quando a gente está estudando para um concurso, a gente não está vendo a aprovação assim, mas eu espero ela.”

Coragem: “Tem que ter coragem de fazer provas, de enfrentar. […] Eu sempre pensei assim, que na pior das hipóteses, se eu fracassar, ao menos fracassei almejando grandemente, querendo grandes coisas”

Paz: “Embora eu tenha passado muito novo, eu nunca foquei na idade, no tempo. E isso é, nunca fique focado demais no tempo que você precisa. Só faz o que tem que ser feito, caminha com tranquilidade.” 

Depois de uma reprovação, Douglas pensou consigo mesmo: 

“Eu vou caminhar tranquilo, vou cuidar da minha saúde mental, da minha saúde física, da minha família, cuidar do meu corpo, da minha alma e do meu espírito.”

 

Direcionamento Nível Ênfase

Douglas é um exemplo de que, com fé, coragem, paz e um método inteligente de estudos, é possível superar qualquer obstáculo. 

Sua jornada prova que a perseverança é mais poderosa que qualquer dificuldade.

Se você também quer otimizar seus estudos e dar os próximos passos rumo à aprovação, clique aqui e comece sua jornada conosco.

E para assistir a entrevista completa do João Mendes Entrevista com Douglas Rodrigues, clique aqui!

Abraço, Time Ênfase

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