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ToggleInício da trajetória
“Eu entrei na faculdade, efetivamente já decidido que queria fazer concurso público, mas o foco era ser juiz.”
Assim começa a história de Igor Pinheiro, Promotor de Justiça, que compartilhou com João Mendes os detalhes de sua jornada até a aprovação em um dos concursos mais desafiadores do Brasil.
Diferente de muitos, Igor não tinha ninguém na família ligado ao direito, mas desde o primeiro semestre da faculdade, dedicava no mínimo 4 horas por dia aos estudos, com o objetivo de construir uma base sólida para o futuro concurso.
Sua dedicação era notável:
“Lia no mínimo três livros de cada disciplina. Me recordo de Processo Civil, que eu fui monitor, eu li na faixa de uns 15 livros.”
Essa imersão profunda no conhecimento dogmático o preparou de forma atípica, focando na compreensão aprofundada.
A ausência da exigência de prática forense na época permitiu que ele se concentrasse integralmente nos estudos, sem se interessar por estágios voluntários.
A virada em sua trajetória ocorreu no sétimo semestre, quando um amigo o convenceu a fazer o concurso de estágio do Ministério Público Federal (MPF).
Apesar da relutância inicial, Igor fez a prova e foi aprovado.
Foi no gabinete da tutela coletiva, trabalhando com combate à corrupção e improbidade, que ele encontrou sua verdadeira vocação.
“Lá de fato foi quando aconteceu a transformação, porque eu fiquei no gabinete da tutela coletiva na parte de direito de fuso, combate à corrupção, improbidade e lá me encantei.”
Ele se encantou com a possibilidade de impactar positivamente a sociedade, como no caso de uma ação civil pública que suspendeu os fotossensores em todo o país, tema de seu TCC.
“Ali eu vi, eu quero ser do Ministério Público, porque aqui a gente tem a possibilidade […] de fazer uma boa investigação e por isso conseguir modificar a vida das pessoas.”
Ponto alto
Apesar de sua dedicação e foco, a jornada de Igor não foi isenta de desafios.
Após a formatura, o cenário de concursos públicos passou por um período de escassez, o que o levou a prestar concursos para analista em outros órgãos, como o TSE, TJDFT e TST, onde foi aprovado e chegou a assumir o cargo de oficial de justiça em Brasília.
No entanto, seu desejo pelo Ministério Público permaneceu inabalável.
“Fui assumir o cargo de Oficial de Justiça faltando 4 meses para ser nomeado aqui no estado do Ceará como Promotor.”
Essa decisão de assumir um cargo temporário enquanto aguardava a nomeação para Promotor de Justiça no Ceará demonstra sua resiliência e a clareza de seu objetivo.
A escolha de permanecer em seu estado natal, próximo à família, também pesou em sua decisão de não seguir carreira no Ministério Público Federal, que o levaria para regiões distantes.
“Isso pesou bastante, estar no meu estado, estar ao lado da minha família, conhecer a realidade local do que ao invés de fazer um concurso de Ministério Público Federal e necessariamente ter que ir para o norte, que era onde aconteciam as primeiras lotações, sempre ali, Amazonas, Pará, e não era algo que me enchia mais tanto os olhos. E sou completamente realizado.”
Essa realização pessoal e profissional no Ministério Público do Ceará o fez abandonar a busca por outros concursos, dedicando-se integralmente às investigações e operações de combate à corrupção.
O método de estudo
A abordagem de estudo de Igor Pinheiro foi, como ele mesmo descreve, “bem atípica”.
Desde a faculdade, ele optou por uma imersão profunda nos manuais densos, em vez dos livros resumidos para concursos.
Essa base dogmática robusta, construída ao longo de anos de estudo intenso, foi um diferencial em sua aprovação.
“Eu sempre passava muito abaixo das vagas na prova objetiva, mas quando vinha a prova discursiva a prova oral. Aí eu subia muito na classificação, por exemplo. Aqui em Promotor, me recordo que, na primeira fase, eu fiquei em 93º. Depois de prova escrita, prova oral, tribuna, eu fui para sexto lugar.”
Isso demonstra que sua preparação focada na profundidade do conhecimento, e não apenas na memorização de conteúdo para a primeira fase, foi essencial para o sucesso nas etapas mais avançadas do concurso.
O que deu certo:
- Estudo aprofundado e base dogmática: Igor enfatiza a importância de ler os manuais densos e não se limitar aos resumos. Sua capacidade de citar autores e precedentes de cabeça, fruto de um estudo aprofundado, foi um diferencial em suas provas discursivas e orais. “Eu lia os manuais densos, eu não lia os livros para concurso, aqueles resumidos.”
- Foco nas disciplinas de menor afinidade: Após a formatura, Igor direcionou seus estudos para as disciplinas que menos gostava, como penal e processo penal, pois já possuía uma base sólida nas demais. “Eu foquei […] nas disciplinas que eu menos gostava, que era penal, processo penal ali, consumidor, ECA, coisas que eu passei na faculdade.” Essa estratégia permitiu que ele nivelasse seu conhecimento em todas as áreas exigidas.
- Atualização constante com jurisprudência: Um ritual diário de Igor era acessar os sites do STF e STJ para acompanhar as notícias e os julgados do dia. “Eu tinha obrigação diária de, não importava a hora, acessar sempre o site do STF, do STJ para conferir aquele link de notícias.” Essa prática o mantinha atualizado com as decisões mais recentes, de forma didática e contextualizada, evitando a sobrecarga de informações dos informativos.
O que poderia ter sido melhor:
- Resistência a fazer questões de concurso: “Eu tinha uma grande resistência em fazer questões de concursos. Eu não gostava, não fazia o que é primordial hoje. […] E não sigam este exemplo, né? É fundamental a pessoa fazer questões de concursos anteriores, sobretudo no perfil da banca.”
- Falta de estudo específico para primeira fase: Igor reconhece que poderia ter alcançado colocações ainda melhores se tivesse dedicado tempo específico para as provas objetivas.
Motivação final
Quando questionado sobre os principais erros a evitar, Igor foi direto:
“Não se compare com os outros. Não se preocupe com os outros. […] Vaga tem para todo mundo. Você não concorre com ninguém, você concorre com a prova.”
E deixou sua mensagem mais poderosa seguida de uma frase que poderá te inspirar:
“Você não estuda para passar, você estuda até passar”
“Insista, persista e não desista. Uma hora a aprovação vai chegar.”
Direcionamento Nível Ênfase
Igor é um exemplo de que diferentes métodos podem levar à aprovação, desde que haja disciplina e persistência.
Hoje, como professor no Ênfase, ele ministra direito eleitoral e ajuda outros candidatos a encontrarem seu caminho para a aprovação.
Se você também quer otimizar seus estudos e dar os próximos passos rumo à aprovação, clique aqui e comece sua jornada conosco.
E para assistir a entrevista completa do João Mendes Entrevista com Igor Pinheiro, clique aqui!
Abraço,
Time Ênfase