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A trajetória de superação que a levou a ser Juíza do Trabalho

Juntos por toda a jornada. Pela mão até a aprovação!

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A história inspiradora de Ana Carolina Peretti

A trajetória de superação que a levou a ser Juíza do Trabalho

A história inspiradora de Ana Carolina Peretti

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  • Do interior de Santa Catarina: uma história de fé e determinação
  • O encontro com o Direito do Trabalho e a decisão que mudaria tudo
  • As aprovações como analista e os 4 anos de espera
  • O erro que custou caro: estudar apenas para a primeira fase
  • A virada: o foco na segunda e terceira fases
  • O método que levou à aprovação na magistratura
    • O que deu certo em toda a sua jornada:
    • O que não deu certo:
  • As 24 horas antes da prova oral e o momento da aprovação
  • A mensagem final de Ana

Do interior de Santa Catarina: uma história de fé e determinação

“Eu sou filha de uma costureira mãe solo. Eu sou a primeira pessoa da minha família inteira a ter ensino superior.”

Essa é a história de Ana Carolina Peretti, Juíza do Trabalho, que compartilhou com João Mendes os altos e baixos de sua jornada até a aprovação em um dos concursos mais desafiadores do Brasil.

Nascida no interior de Santa Catarina, em uma cidade de apenas 50 mil habitantes, Ana enfrentou desafios que iriam além do conteúdo das provas. Filha de uma costureira que criava os filhos sozinha, ela não tinha condições financeiras de estudar em uma universidade federal, distante mais de 500 km de sua casa.

Mas a determinação falou mais alto.

Ana conta que, no último ano do ensino médio, sua mãe começou a juntar dinheiro para pagar a faculdade particular. Conseguiram reunir apenas três meses de mensalidade. Mesmo assim, Ana fez o vestibular e se matriculou no curso de Direito.

“Eu lembro até hoje que eu fui para a faculdade, fiz a matrícula e a minha mãe falou para a gente fazer todas as matérias mesmo não tem condições de pagar o semestre inteiro.”

Apenas 10 dias depois da matrícula, a provisão chegou: um escritório de advocacia a contratou. Eles não apenas pagavam as três primeiras mensalidades, como depois concederam uma bolsa de 50%.

Ana reflete sobre esse momento: 

“Uma coisa muito bonita na minha trajetória é que todas as vezes que eu precisei de um recurso material, de conhecer pessoas, de escutar uma palavra, Deus colocou na minha vida.”

Trabalhando em jornada de 8h48 (a chamada “semana inglesa”), Ana conseguiu se formar nos 5 anos como a melhor aluna da turma, com média 9.1.

 

O encontro com o Direito do Trabalho e a decisão que mudaria tudo

No final da faculdade, Ana teve um professor que era Juiz do Trabalho. Foi nesse momento que ela descobriu sua verdadeira vocação.

Até então, ela pensava em magistratura federal, já que trabalhava com direito previdenciário no escritório. Mas o contato com as disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho mudou completamente seus planos.

“Eu me encontrei no Direito do Trabalho, é isso aqui que eu quero na minha vida.”

Sem recursos financeiros para viajar pelo país fazendo concursos de TRT, Ana começou estrategicamente por concursos municipais dentro de Santa Catarina – eram mais baratos, permitiam viagens de ônibus e hospedagens mais acessíveis.

Ela destaca a importância dessa fase: 

“Estudar é uma das fases mais bonitas da sua vida. Você vai mudar a sua vida e a vida das pessoas ao seu redor. Então não é perda de tempo.”

Sobre os concursos municipais que fez em 2016, mesmo não sendo sua meta final, Ana é enfática: 

“Eles não eram o que eu queria, mas eles trouxeram uma experiência de prova para mim. […] Se você ainda não tem condições de fazer o concurso que você quer, tenta outros concursos mais próximos para adquirir essa experiência.”

 

As aprovações como analista e os 4 anos de espera

Em 2017, veio a primeira grande aprovação: TRT Santa Catarina, em 33º lugar. 

Depois vieram outras aprovações para analista: Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Ministério Público da União e TRF4.

Mas um período difícil se aproximava. 

Entre 2017 e 2021, Ana ficou aprovada, mas não nomeada. 

Eram quatro longos anos de espera.

“Foi um período bem difícil na minha vida que eu tinha a sensação de que eu ganhava e não levava.”

Os cortes de gastos públicos e depois a pandemia atrasaram as nomeações. 

Quando o Tribunal Regional Eleitoral fez aproveitamento de sua aprovação no TRT 12 (Santa Catarina), em 2021, Ana decidiu aceitar.

Hoje ela é Analista da Justiça Eleitoral, mas o sonho trabalhista nunca morreu.

 

O erro que custou caro: estudar apenas para a primeira fase

Entre 2019 e 2020, Ana começou a focar na magistratura e no Ministério Público do Trabalho. 

Foi nesse período que ela adquiriu o curso Ênfase.

“Se você tem esse problema econômico de dificuldade financeira investir em cursos, você tem que ter a certeza que são sérios, que são cursos responsáveis. Se você vai poder comprar um único curso, escolha bem, aproveite indicações de colegas, de pessoas que já passaram para fazer essa escolha.”

No final de 2019, saiu o edital do MPT. 

Ana foi aprovada na primeira fase em 10º lugar – uma colocação excelente. Mas ela mesma admite que cometeu um erro crucial.

“Eu estudei só para primeira fase. Então quando eu passei na primeira fase eu não tinha noção nenhuma de prova discursiva e de peça do MPT. Eu não estava preparada, não fiz curso de correção, não treinei.”

O resultado? Passou muito bem na primeira fase, mas não conseguiu avançar nas outras etapas.

“Eu percebi que esse estudo conjunto de todas as fases é que ia resolver a minha vida.”

Foi um ano inteiro envolvida no concurso, para no final ter outra reprovação doída.

“Foi uma reprovação bem doída porque eu me sentia culpada de não ter estudado para prova discursiva e para a peça.”

 

A virada: o foco na segunda e terceira fases

A partir de 2021, Ana mudou completamente sua estratégia. 

Ela tomou posse no TRE, o que trouxe uma rotina de trabalho mais pesada como chefe de cartório, mas isso não a impediu de continuar.

Ela começou a fazer cursos de correção e estabeleceu uma rotina rigorosa de treino:

  • Uma discursiva por semana
  • Uma peça do MPT ou uma sentença por mês (ela tinha preferência por sentença, o que já sinalizava sua inclinação pela magistratura)

Em 2022, fez novamente o MPT e reprovou na segunda fase.

“Eu tinha uma sensação que a segunda fase era a minha barreira, era a minha maior dificuldade. […] A segunda fase, que é a discursiva, é uma prova muito mais profunda. É diferente da primeira fase que eu já tinha toda essa bagagem dos concursos de analista que é mais lei seca, que é mais decoreba, que é uma doutrina mais básica. A segunda fase é aprofundamento, tem que escrever muito, tem que saber perceber qual é o feeling da questão, se você está conseguindo colocar no papel tudo que precisa. E é treino, é muito treino.”

 

O método que levou à aprovação na magistratura

Quando saiu o concurso da magistratura em 2023, Ana já estava preparada. 

Ela não cometeria o mesmo erro.

“Eu já comecei pensando na segunda fase e na sentença. Eu fiz intensivos de segunda e terceira fase também […] porque a gente se conhece como concurseiro, tem que ter um muito alto conhecimento daquilo que você está com dificuldade, qual matéria, qual fase.”

 

O que deu certo em toda a sua jornada:

  1. Quantidade massiva de questões objetivas

Ana fez, ao longo de 8 anos, mais de 60.000 questões objetivas.

“Eu tinha um medo muito grande de fazer prova. Então eu pensava assim: se eu sentar hoje de tarde, a prova tem 60 questões, se eu fizer 200 hoje de tarde, no dia da prova eu consigo fazer 60. Não é possível que, se treinando 200, quando chegar na prova eu dou conta de fazer 60.”

Dica importante: Ana usava aplicativos no celular para fazer questões em momentos de espera – filas, consultórios, transporte público. “É o tempo que a gente perde por exemplo vendo rede social, você usa o aplicativo e faz questões.”

  1. Revisão do edital completo (fase analista)

No período em que estudava para analista, Ana conseguia revisar o edital todo a cada mês ou mês e meio. Ela chamava isso de “bater o edital”.

“No primeiro ano eu levei mais ou menos um ano para montar os meus resumos, para conseguir ver o edital todo de uma vez. Depois eu conseguia revisar entre um mês, um mês e meio, eu conseguia fazer toda essa revisão no material.”

  1. Lei seca com material físico

“Eu gosto de livros físicos. […] Eu tinha um vade mecum e eu abria o vade mecum e ia lendo conforme a repartição que eu fazia do que eu ia estudar, ia rabiscando esse vade mecum, colocava, às vezes anotava jurisprudência do lado do artigo, post-its nele, ficava meio rabiscado.”

Ana conta que leu o Código de Processo Civil mais de 20 vezes.

  1. Doutrina específica e artigos

Para a fase da magistratura, Ana não lia doutrinas gerais de capa a capa. Sua estratégia era diferente.

“Não pegava um livro, por exemplo, inteiro de um curso de Direito do Trabalho, ia ler de capa a capa. Eu li as matérias que eu tinha maior dificuldade e também buscava: se eu ia comprar um livro, por exemplo, de Processo do Trabalho, eu não comprava um livro geralzão de direito de Processo do Trabalho, eu comprava específico. Comprava um livro de provas, um livro de execução, um livro de recursos, porque aí teria um material muito mais aprofundado daquele tema.”

Ela também aproveitava materiais gratuitos: 

“O site do TST tem a biblioteca do TST, todo mês tem um tema, então tem artigos lá disponibilizados gratuitamente. A revista do MPT também tem vários artigos, tem peças premiadas.”

  1. Treino intensivo de discursivas e sentenças

Ana descobriu que precisava treinar o tempo de prova. Na prova discursiva da magistratura, eram 10 questões em 5 horas – cinco questões com 60 linhas e cinco com 30 linhas.

“A sala inteira terminou faltando assim um minutinho para entregar a prova. […] Se a pessoa não treina observando o tempo, não vai conseguir terminar a prova.”

Em um único final de semana de provas (discursiva no sábado e sentença no domingo), Ana escreveu 35 páginas. Sua mão começou a doer no meio da sentença.

“É importante o treino até para você perceber como o teu corpo reage durante a prova.”

Estratégia na sentença: Ana tinha partes da sentença já mentalizadas – como a parametrização e o início do dispositivo. 

“Quando faltava uma hora para terminar a prova, eu estava nos pedidos ainda. Então eu terminei os pedidos e eu botei só os tópicos dessa parte da parametrização de juros, correção monetária, e botei esses tópicos e fui pro dispositivo. Depois, quando sobrou o tempo, quando eu terminei o dispositivo, eu voltei para colocar essa parte.”

Ela explica a lógica: 

“Não é uma parte tão importante, então a gente pode saber decorado. […] Já o fato de não conseguir terminar a prova, eu já ouvi de algumas pessoas que começaram com examinadores que o primeiro critério para analisar se uma pessoa vai passar na sentença é olhar se ela chegou até o final.”

 

O que não deu certo:

  1. Métodos rígidos de controle de tempo

“Eu não gosto da pressão de ter uma marcação de ‘tenho que estudar duas horas hoje’, ‘eu tenho que estudar certinho’, anotar. Isso para mim não funciona porque me bota uma pressão muito grande.”

Ana preferia montar metas semanais aos domingos e cumpri-las ao longo da semana, sem a pressão diária fixa.

“Não importa o tempo, importa a qualidade daquilo que você está estudando.”

  1. Divisão rígida de matérias (na fase da magistratura)

“Quando eu estudava para analista eu tinha as matérias muito divididinho, por isso também não funcionava mais para mim. Eu precisava de um estudo mais aberto, estudar o que eu sentia mais necessidade no momento, sem marcar tanto qual matéria era, porque até porque as matérias se comunicam muito quando o estudo fica mais aprofundado.”

 

As 24 horas antes da prova oral e o momento da aprovação

Na magistratura, os candidatos têm o sorteio do ponto 24 horas antes da prova oral. 

Ana correu para o hotel e estudou intensamente, dormindo apenas 3 ou 4 horas.

“A gente não fica com uma ansiedade muito grande, a gente só quer estudar, estudar o máximo que puder.”

No dia da prova, dentro do TST em Brasília, Ana teve um momento de profunda reflexão.

“Passou um filme assim na minha cabeça de imaginar que ser uma pessoa do interior do Estado, ser a primeira pessoa da minha família a ter condições de fazer o ensino superior e de chegar nesse momento da prova oral dentro do TST em Brasília […] deu uma alegria muito grande, uma responsabilidade muito grande de estar ali. Eu não estava sozinha, eu estava representando toda essa situação, trazendo todo esse legado para a minha história e mostrar para a banca que eu era vocacionada.”

O resultado da sentença saiu em um dia especial: no aniversário de 30 anos de Ana. 

Ela estava viajando com sua mãe quando a notícia chegou.

“Foi muito lindo.”

Sua mãe, dona Mari, sempre foi sua maior incentivadora. 

Ela nunca quis que Ana trabalhasse com costura – não por achar que não fosse uma profissão digna, mas porque queria um futuro diferente para a filha.

“Ela sempre, desde criança, sempre me incentivou a ler, a estudar. Todos os recursos que ela tinha ela fez para que eu estudasse.”

No dia do resultado final, mãe e filha assistiram juntas.

“A gente assistiu junto, se abraçou, gritou. Foi muito bonito.”

 

A mensagem final de Ana

Quando perguntada sobre o que diria para quem está estudando agora, Ana não hesita:

“Você é capaz.”

Para quem está em momentos difíceis, ela deixa uma palavra de esperança: 

“A vida vai acontecer, não importa se você está vivendo aquele momento que parece que não vai ter fim, como aquele período que eu passei 4 anos esperando uma nomeação, parecia que não tinha fim, mas deu certo. […] As coisas vão acontecer. Deus vai colocar as pessoas na sua vida. Embora você ache que hoje está difícil, que é impossível chegar naquele cargo, comece um pouquinho por dia que Deus vai colocar as pessoas, os recursos materiais, tudo que você precisa para que você chegue até lá.”

Ana Carolina é um exemplo vivo de que origem não determina destino. 

Com um método inteligente, dedicação incansável e fé inabalável, ela transformou anos de estudo em uma aprovação que mudou não apenas sua vida, mas também o legado de toda sua família.

Se você também quer otimizar seus estudos e dar os próximos passos rumo à aprovação, clique aqui e conheça o método Ênfase que ajudou Ana em sua jornada.

E para assistir a entrevista completa do João Mendes Entrevista com Ana Carolina Peretti, clique aqui!

Abraço,
Time Ênfase

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