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ToggleO início de um sonho: “Eu sempre quis fazer Direito”
Kenya Ferrari sabia desde os 13 anos que cursaria Direito, mas não imaginava que seu caminho até se tornar delegada seria repleto de desafios e autodescobertas.
Durante a faculdade, mesmo sem conviver diretamente com delegados ou professores da área, ela já afirmava:
“Eu sempre falei que queria ser delegada. Todo mundo já sabia disso.”
Ainda assim, Kenya reconhece que a visão idealizada da profissão, de certa forma, não a preparou para a realidade:
“A idealização é muito diferente da prática e do caminho que você tem que percorrer para alcançar esse objetivo.”
Dificuldades iniciais: inseguranças e conflitos internos
Kenya compartilhou abertamente as inseguranças que enfrentou, como a sensação de incapacidade e o medo de não ser inteligente o suficiente para passar em um concurso.
Ela relembra que sempre teve facilidade de acompanhar, estudar e tirar boas notas na sua trajetória acadêmica. E, por isso, quando saiu da faculdade e iniciou seus estudos para o concurso, imaginava que não seria tão difícil assim, que não demandaria tanto esforço.
“Na minha cabeça, eu achava que, se precisasse me esforçar muito, significava que eu não era capaz.”
Esse pensamento limitante fazia com que Kenya evitasse se dedicar plenamente aos estudos, usando a falta de esforço como justificativa para eventuais fracassos. Ela pensava:
“Eu não vou estudar direito porque, se eu não passar, terei a desculpa de que foi porque eu não estou estudando, e não porque eu não sou capaz.”
Com o tempo, terapia e leitura ajudaram-na a transformar essa mentalidade. Um dos livros que marcaram essa virada foi “Mindset”, de Carol Dweck, que ensina a importância de desenvolver uma mentalidade de crescimento.
“Esse livro clareou muito a minha cabeça.” – Ela conta que percebeu que ter que se esforçar não significa incapacidade, e começou a ver desafios como oportunidades para evoluir.
A descoberta do método certo: aprender a fazer provas
Um dos principais aprendizados de Kenya foi compreender que o estudo para concursos não é sobre aprofundar-se na matéria como em uma tese acadêmica, mas sim sobre dominar técnicas para fazer provas:
“Concurso não é medida de conhecimento, de inteligência ou de profundidade, é uma medida objetiva: de aprender a fazer prova.”
Esse insight a fez ajustar completamente sua abordagem, priorizando lei seca, jurisprudência e questões práticas. Além disso, ela passou a organizar seus estudos de forma mais eficiente, mesclando leituras, revisões e resolução de questões.
Reprovações: as lições dos fracassos
Kenya enfrentou várias reprovações antes de conquistar a tão sonhada aprovação. Cada uma foi uma oportunidade para aprender e se reerguer:
“Em São Paulo eu não passei por uma questão na objetiva. Em Minas foi mais sofrido ainda […] fiquei por 1,25 para ir para a prova oral […] Na minha cabeça, eu nadei, nadei e morri na praia.”
Mesmo assim, ela não desistiu. Após cada derrota, Kenya se questionava:
“O que eu podia ter feito de diferente? O que eu posso aprender com essa reprovação? O que eu posso melhorar?”
E continua:
“Então, todas as minhas provas objetivas eu corrigia. Eu pegava uma folha de papel A4 e eu ia resolvendo a prova inteira. Aquelas questões óbvias que eu sabia a resposta eu não anotava, eu analisava as alternativas e eu via por que que eu acertei e por que eu errei. Porque, às vezes, a gente acerta uma questão no chute, não porque você sabe exatamente aquilo… Então, tudo o que eu não lembrava ou que não estava solidificado na minha cabeça, eu ia fazendo anotações, como se fosse o caderno de erros.”
O aprendizado final: “Estudar para concurso é como uma poupança”
Kenya compara o estudo para concursos a uma poupança:
“Aos poucos você vai colocando dinheiro, os juros compostos vão agindo, e no final de um ano você tem um montante de dinheiro”
Ela aconselha os concurseiros a serem pacientes e a confiarem no processo de solidificação do conhecimento.
A aprovação: “Toda vez que eu falo disso eu choro!”
Ao ser questionada pelo professor João Mendes sobre “como foi receber a notícia” da aprovação, Kenya responde:
“O que foi mais importante para mim foi ver o meu nome na lista de aprovados. Não foi a posse, nem começar a trabalhar… eu acho que ver o meu nome no Diário Oficial foi a materialização de todo o meu esforço.”
E continua:
“Eu acho que você tem que ser muito corajoso para estudar para concursos. Porque é o tempo inteiro você batendo em paredes, em empecilhos, obstáculos e mesmo sem saber se aquilo vai dar certo você persiste. […] Que bom que eu não desisti, que bom que eu lutei.”
Kenya Ferrari, Delegada da Polícia Civil do estado de Minas Gerais e aprovada na PCRN, PCPR, PCMG.
Direcionamento Nível Ênfase
Kenya é um exemplo de que, com a mentalidade e a estratégia certa, é possível superar qualquer obstáculo.
Se você também quer otimizar seus estudos e dar os próximos passos rumo à aprovação, clique aqui e comece sua jornada conosco.
E para assistir a entrevista completa do João Mendes Entrevista com Kenya Ferrari, clique aqui!
Abraço,
Time Ênfase