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ToggleExame Nacional da Magistratura (ENAM)
Neste blog, já escrevemos dois textos a respeito do Exame Nacional da Magistratura (ENAM) com a abordagem dos seguintes tópicos:
- O que é o Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Como funciona o Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Para quais cargos o Exame Nacional da Magistratura se aplicará?
- Quais as principais vantagens do Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Quando deve ocorrer o primeiro Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- O que será preciso para fazer a inscrição no Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- É exigida a prática jurídica de três anos para fazer a prova do Exame Nacional da Magistratura?
- Quantas questões conterá a prova do Exame Nacional da Magistratura?
- Quem será considerado aprovado no Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Qual a validade do Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Como o Exame Nacional da Magistratura será usado pelos Tribunais para a realização dos concursos?
- Qual o melhor curso preparatório para o Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- O que fazer após a aprovação no Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Como serão as outras etapas dos concursos após o Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Onde será realizado o Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Quais são os requisitos para participar do Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Quando serão as inscrições para o Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Como será a prova do Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Como serão as questões da prova do ENAM?
- Quando sairá o certificado de habilitação no Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
- Qual é a validade do Exame Nacional da Magistratura (ENAM)?
Clique aqui para saber sobre o Exame Nacional da Magistratura (ENAM) e seus Desafios e aqui para saber sobre a análise do edital do ENAM.
Clique aqui para saber sobre as ações afirmativas para pessoas com deficiência no ENAM.
Assista também nossa live “Tudo sobre o edital do ENAM e sua Comissão!” clicando aqui.
Como esgotamos a análise sobre essa primeira edição do ENAM nos textos anteriores, indicados acima, neste texto nos limitaremos a abordar sobre a recente novidade a respeito da concessão de bolsas de estudos para negros e índigenas habilitados no Exame Nacional serem aprovados nos concursos da magistratura.
Novidade no ENAM: Bolsa de estudos para negros e índigenas
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou, em 20/02/2024, o lançamento de um programa destinado a conceder bolsas para pessoas negras e indígenas em cursos preparatórios para a prova da magistratura e concursos públicos para as carreiras de juiz.
A iniciativa surge em meio a demandas por maior diversidade no sistema judiciário brasileiro.
O acordo, firmado entre a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante a cerimônia de abertura do Ano Judiciário do CNJ, em 20/02/2024, marca um passo significativo na promoção da inclusão de pessoas negras e indígenas na magistratura.
O programa visa proporcionar bolsas de estudo para cursos preparatórios específicos para o Exame Nacional da Magistratura e concursos públicos de ingresso na magistratura.
Além disso, será oferecida uma “bolsa de manutenção” no valor de R$ 3.000,00 para auxiliar os beneficiados com despesas relacionadas à preparação, como material bibliográfico, cursos específicos, alimentação, transporte e moradia.
Essa assistência terá uma duração de dois anos, o que não só incentivaria a competitividade, mas também promoveria a diversidade.
Essa iniciativa, liderada pelo atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, é parte de uma estratégia prioritária para remover obstáculos e garantir igualdade de oportunidades a todos os cidadãos no exercício pleno de seus direitos.
Barroso destacou que uma magistratura mais inclusiva e diversificada não apenas fortalece a carreira, mas também melhora a representatividade da sociedade como um todo.
Essa parceria promete abrir portas e criar oportunidades para indivíduos de grupos historicamente marginalizados, promovendo uma magistratura mais justa e representativa da sociedade brasileira.
Como será desenvolvido o programa de bolsas para negros e indígenas ingressarem na magistratura?
O programa visa candidatos autodeclarados negros e indígenas, desde que bacharéis em Direito, e sua autodeclaração será verificada pela comissão de heteroidentificação da FGV.
Para os indígenas, além da autodeclaração, será necessário apresentar a declaração de pertencimento ao respectivo povo ou comunidade.
Os critérios de seleção incluem vulnerabilidade socioeconômica, diversidade de gênero visando a paridade e diversidade regional.
A Bolsa de Estudo oferece vaga em curso preparatório para o concurso de ingresso na magistratura, garantindo gratuidade na mensalidade durante o prazo de duração do curso.
Por sua vez, a Bolsa Manutenção auxiliará nos custos relacionados a inscrições em provas, material bibliográfico, alimentação, transporte, moradia e outras necessidades após a aprovação no Exame Nacional da Magistratura.
Lembrando que para negros e indígenas serem considerados habilitados na prova do ENAM, devem acertar, no mínimo, 50% das questões da prova.
A FGV também incentivará e ajudará a organizar programas de suporte oferecidos por associações de magistrados para os beneficiários.
Estima-se que os convênios com as escolas judiciais dos Tribunais para oferecer um curso preparatório intensivo para o primeiro Exame Nacional da Magistratura de 2024 serão celebrados até o início de março, antes da realização do exame em 14 de abril.
A seleção dos beneficiários da Bolsa Manutenção ocorrerá 45 dias após a divulgação dos resultados do Exame Nacional.
As ações afirmativas que visam capacitar pessoas negras e indígenas para a magistratura representam um passo crucial em direção à representatividade e diversidade no sistema judiciário brasileiro.
A ideia é que também sejam contempladas pessoas com deficiência como beneficiárias da bolsa.
O CNJ está trabalhando para garantir que essa perspectiva e as experiências relacionadas a ela sejam consideradas no processo decisório de juízes e juízas, contribuindo assim para a construção de um Sistema de Justiça mais justo e equitativo.
A importância das ações afirmativas para negros e indígenas em concursos públicos
As ações afirmativas destinadas a negros e indígenas em concursos públicos desempenham um papel fundamental na promoção da igualdade de oportunidades e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Essas medidas visam a correção de desigualdades históricas e estruturais, garantindo que grupos historicamente marginalizados tenham acesso equitativo a cargos e oportunidades no setor público.
Uma das principais razões para a implementação de ações afirmativas em concursos públicos é a necessidade de combater o racismo estrutural e a discriminação étnica que ainda persistem em nossa sociedade.
Ao reservar vagas específicas para candidatos negros e indígenas, tais políticas buscam mitigar os efeitos das desigualdades socioeconômicas e educacionais que afetam esses grupos, permitindo-lhes competir em igualdade de condições.
Além disso, as ações afirmativas contribuem para a diversificação e representatividade nos órgãos públicos, refletindo a pluralidade da sociedade brasileira.
Ao garantir a presença de negros e indígenas em cargos públicos, especialmente da magistratura, essas políticas promovem uma maior inclusão e legitimidade das decisões tomadas no âmbito do Judiciário.
Outro aspecto importante das ações afirmativas em concursos públicos é o impacto positivo no empoderamento dos indivíduos pertencentes a esses grupos.
Ao verem suas identidades étnicas valorizadas e suas habilidades reconhecidas, os candidatos negros e indígenas são incentivados a buscar oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária e democrática.
Essas políticas são essenciais para construir uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática, onde todos os cidadãos possam desfrutar plenamente de seus direitos e contribuir para o desenvolvimento do país.
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Conclusão
Em suma, o programa de bolsas para pessoas negras e indígenas em cursos preparatórios para a magistratura, lançado pelo CNJ, reflete um compromisso contínuo com a promoção da igualdade de oportunidades e a diversidade no serviço público.
As ações afirmativas desempenham um papel crucial na redução das disparidades históricas e estruturais enfrentadas por negros e indígenas, ao mesmo tempo em que fortalecem a representatividade e legitimidade das instituições.
É imperativo que esses esforços sejam sustentados e expandidos, a fim de construir um futuro em que todos os cidadãos tenham as mesmas chances de sucesso e contribuição para o desenvolvimento de nossa sociedade.
Escrito por Mariana Garcia da Silveira. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pós-graduada em Direito Tributário. Revisora Jurídica no Curso Ênfase.
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