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ToggleComo tudo começou
“Antes de entrar na faculdade de Direito, eu tinha dois sonhos: ser jogador de futebol e ser aprovado em um concurso público para Juiz ou Promotor.”
Wallison Cunha, hoje Juiz Federal em Montes Claros (MG), compartilhou com João Mendes os desafios e estratégias que o levaram à aprovação.
Inspirado pelo tio, promotor de justiça, ele enxergava na magistratura não apenas estabilidade, mas um caminho de impacto social e profundo conhecimento jurídico.
Passou na faculdade de Direito sem grandes dificuldades, e a partir do 6° período, Wallison começou a focar em concursos públicos de Analista de Direito de Tribunais e Ministérios Públicos.
“Ser aprovado em um concurso ou em um cargo de Analista de Direito era fundamental para viabilizar minha aprovação futura no concurso de Juiz ou de Promotor.”
Ele sabia que precisava de prática jurídica em atividade típica de Bacharel em Direito para prestar um concurso no futuro e que o cargo proporcionaria condições financeiras e tempo para sua preparação.
O ponto de virada
Por volta de 1 ano de estudo focado e organizado, começou a ser aprovado em alguns concursos, fora do número de vagas, mas em posições razoáveis.
Fez uma prova para AGU e, por pouco, não passou para a segunda fase. Wallison conta como se sentiu:
“Eu até lembro de ter ficado extremamente feliz porque o edital do concurso de AGU era imenso para os padrões da época, com muitas matérias que nem constavam na grade curricular da faculdade de direito que eu cursava. Tudo isso me deu muita confiança e eu passei até a acreditar que seria Juiz ou Promotor no futuro.”
Em 2004, foi aprovado. E em 2005, tomou posse no cargo de Analista Processual do Ministério Público da União (MPU), o que por um lado trouxe segurança, também foi uma armadilha.
“Fiquei alguns (5) anos no cargo sem estudar… Confesso que me acomodei.”
Ele continua: “O salário era razoável, eu morava e trabalhava na cidade onde eu fiz faculdade, que é próxima da minha cidade de origem (Boa Esperança). Além disso, eu gostava muito do meu trabalho e tudo isso fez com que eu me acomodasse. Porém, com o passar do tempo percebi que algo não estava bem.”
Foi nesse momento que sua esposa teve um papel fundamental.
“Ela me incentivou e apoiou bastante para que eu pudesse recuperar a força de vontade e o entusiasmo para os estudos, o que tinha se perdido nos últimos anos.”
A decisão de voltar trouxe também uma clareza:
“Eu comecei a me identificar mais com a magistratura federal, e o principal motivo foi a prerrogativa de dar a última palavra na interpretação e aplicação do direito.”
O estudo para a Magistratura
Wallison estudou com foco total por 3 anos até a aprovação na magistratura federal, conquistando sua aprovação em 2013, no TRF1.
Nesse período, ele seguiu sua própria metodologia:
✅ Carga horária e disciplina:
- “Até a prova objetiva eu havia estudado com muita intensidade, 5 horas por dia, de segunda a domingo.”
✅Cronograma cíclico de 10 dias:
- “Sempre pensei que eu não poderia passar mais de 10 dias sem revisitar a matéria. Por exemplo, se eu estudei processo civil na segunda-feira eu teria que, até no máximo 10 dias, retomar os estudos de processo civil, caso contrário comprometeria a minha absorção e consolidação do conhecimento.”
✅Agrupamento de disciplinas:
- “Eu estudava por volta de quatro matérias por dia, de segunda a sexta-feira, agrupando as matérias de acordo com a sua relação de interconexão – como Penal e Processo Penal – porque isso me dava uma compreensão sistêmica da matéria.”
✅Estudo de informativos e legislação
- “Nos finais de semana, eu procurava estudar informativos do Supremo e do STJ e legislação extravagante. Quanto aos informativos, eu comecei a leitura a partir dos mais recentes para os mais antigos, limitando a leitura dos mais antigos até um ano.”
✅ Um ponto bastante polêmico: “Eu evitava estudar escrevendo.”
“Eu sei que é um ponto bem polêmico, mas o meu estudo se resumia basicamente à leitura. Eu evitava estudar escrevendo por dois motivos: primeiro, porque eu não tinha muito tempo disponível; e segundo, porque eu conseguia absorver satisfatoriamente o conhecimento com a leitura.”
Apesar disso, Wallison deixa o alerta:
“Cada estudante deve adotar a metodologia que mais lhe faça absorver o conhecimento de acordo com o tempo que tem disponível para estudo.”
4 dicas para a sua preparação
Ao final da entrevista, o Juiz Federal compartilhou 4 dicas que considera importantes para quem está se preparando para concursos da Magistratura:
- Preocupe-se com a saúde mental;
- Crie uma metodologia própria, levando em consideração o seu tempo disponível e a sua habilidade de absorção do conhecimento. “Se é com leitura, se é com escrita ou se é com ambos”;
- Se preocupe mais com a qualidade dos estudos do que com a quantidade;
- Tenha calma! O conhecimento e a compreensão ampla, sólida e sistemática do Direito é algo que vai se construindo com o tempo. É um processo natural que todos aqueles que lograram êxito se submeteram.
E finaliza: “Nos momentos difíceis… fé em si mesmo e em seus objetivos. Essa foi, em resumo, a minha trajetória de estudos.”
Direcionamento Nível Ênfase
Walisson é um exemplo de que, com disciplina e inteligência nos estudos, é possível superar qualquer obstáculo.
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E para assistir a entrevista completa do João Mendes com Walisson Cunha, clique aqui!
Abraço,
Time Ênfase