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ToggleEntendendo a VUNESP: o perfil da banca do TJSP
A VUNESP é uma velha conhecida dos concurseiros paulistas, especialmente daqueles que almejam o TJSP. A banca já é tradicional das provas do Tribunal, o que garante um padrão consolidado de cobrança e permite que o candidato se prepare com alto grau de previsibilidade. Em outras palavras, entender o estilo da VUNESP é compreender como o TJSP pensa sua seleção.
As provas da banca costumam ser extensas e objetivas. No concurso do TJSP, o formato segue essa tradição: 100 questões para serem resolvidas, com alternativas de A a D, uma alternativa a menos do que o habitual nas provas de múltipla escolha. É uma característica que exige agilidade e gestão de tempo precisa.
O estilo da VUNESP é marcado por questões diretas e objetivas, que valorizam o domínio da lei seca e o conhecimento literal dos dispositivos legais. No entanto, é um erro acreditar que a banca se limita a enunciados superficiais.
Em diversas disciplinas, a banca tem incorporado situações práticas e pequenos casos concretos, exigindo do candidato interpretação normativa e conhecimento de jurisprudência.
Essa mescla entre objetividade e análise prática é o que torna a preparação mais estratégica: não basta decorar a lei, é necessário compreender como a banca aplica o conteúdo.
Por isso, a ferramenta mais poderosa nesta reta final é a resolução intensiva de provas anteriores da própria banca. Além de reforçar a memorização dos temas recorrentes, esse treino aprimora a gestão do tempo, identifica padrões de cobrança e reduz o impacto do nervosismo no dia da prova.
Dessa forma, ao compreender o perfil da VUNESP, o candidato passa a estudar de maneira direcionada, eliminando dispersões e aumentando significativamente suas chances de alcançar o resultado desejado.
Estratégia de revisão inteligente: o que realmente importa agora
Nas últimas semanas antes da prova, o estudo deixa de ser expansivo e passa a ser cirúrgico. A palavra de ordem é otimização. Cada hora investida deve fortalecer o que realmente cai, consolidar o que já foi estudado e reduzir as lacunas que ainda restam.
O caminho mais seguro para isso é seguir o tripé da reta final: lei seca, jurisprudência e questões. Esses três pilares formam a base da preparação estratégica para a VUNESP. A leitura da lei seca deve ocupar o centro da revisão, já que a banca privilegia o texto literal das normas e tem histórico de repetir dispositivos em provas sucessivas.
Em seguida, é essencial reforçar a jurisprudência atualizada, sobretudo os entendimentos do STF e do STJ em matérias constitucionais, penais e processuais. Por fim, as questões anteriores da banca funcionam como treino técnico: mostram o estilo da banca, revelam padrões de cobrança e ainda ajudam na memorização ativa do conteúdo.
Para maximizar o rendimento, adote uma revisão ativa, substituindo leituras passivas por métodos dinâmicos: resumos condensados, flashcards, mapas mentais e simulados curtos. O objetivo é manter o cérebro em constante recuperação de informações, reforçando conexões e aumentando a velocidade de raciocínio.
Outro ponto-chave é identificar e corrigir os pontos fracos. Utilize seu histórico de desempenho em simulados ou questões anteriores para localizar as matérias com menor acerto. A partir daí, concentre a revisão nesses temas, sempre considerando as estatísticas de incidência da VUNESP. Revisar “de tudo um pouco” é ineficiente; revisar “o que mais cai e o que mais errei” é estratégico.
O cronograma deve ser enxuto e realista, com espaço para refazer questões, revisitar jurisprudência e reler a legislação, permitindo chegar à semana da prova com o conteúdo fresco, estruturado e confiante.
Os conteúdos prioritários da prova do TJSP
Segundo as análises de provas anteriores da VUNESP, há uma tendência clara de concentração em alguns grupos de disciplinas. Entender essa hierarquia é essencial para direcionar sua revisão nos últimos dias.
As matérias centrais: o núcleo principal
Em Direito Constitucional, costumam aparecer temas ligados à organização dos poderes, direitos e garantias fundamentais, organização do Estado, constitucionalismo e hermenêutica constitucional, além de tópicos como tributação e orçamento e ordem social.
Já em Direito Administrativo, vale revisar sobre intervenção do Estado na propriedade, improbidade administrativa (com atenção às mudanças legislativas e à jurisprudência do STF), licitação, agentes públicos, serviços públicos e controle da administração.
Em Direito Civil, sobressaem família e sucessões, espécies de contrato, teoria geral do direito civil, direito das obrigações e direitos reais. Também merecem atenção as normas especiais, como Lei de Locações, Lei dos Juizados Especiais e Lei de Arbitragem.
Em Processo Civil não esqueça dos procedimentos especiais (ação monitória, possessória, consignação em pagamento, embargos de terceiros), procedimento comum, recursos, execução, processos de competência originária do tribunal, sujeitos da relação processual e jurisdição.
Já em Direito Penal, a incidência maior pode recair sobre teoria geral da pena, teoria geral do crime, punibilidade e crimes contra a administração pública, além de tipos tradicionais contra a pessoa e o patrimônio.
Em Legislação Penal Especial, revise normas como Lei Maria da Penha, Lei de Drogas, Lei de Execução Penal e Lei de Organização Criminosa.
Por fim, o Processo Penal não deixe de revisar assuntos como processo e procedimento, provas, investigação e inquérito policial, ação penal, jurisdição e competência e recursos, noções introdutórias, comunicação dos atos processuais, etc.
Essas disciplinas formam o eixo central da preparação. São o coração da prova e devem ocupar a maior parte do tempo de revisão. Lembre-se que não são apenas estes assuntos que poderão cair na sua prova.
As matérias de atenção: média incidência e peso estratégico
Embora tenham um número um pouco menor de questões, essas disciplinas devem ser revisadas também.
Em Direito Tributário não deixe de dar atenção às espécies tributárias, limitações ao poder de tributar, crédito e obrigação tributária e legislação tributária.
Na disciplina de Direito Empresarial, merece atenção redobrada, pois o TJSP tende a explorar mais essa matéria do que outros tribunais. Revise falência e recuperação judicial, sociedades empresárias, contratos empresariais, títulos de crédito e propriedade industrial são assuntos de cobrança recorrente.
Em Direito do Consumidor, não esqueça assuntos como direitos básicos do consumidor, responsabilidade dos fornecedores, política nacional das relações de consumo e a desconsideração da personalidade jurídica.
Por fim, em Direito da Criança e do Adolescente, temos pontos sobre ato infracional, acesso à justiça e direitos fundamentais da criança e do adolescente.
As matérias diferenciais: baixo volume e alto impacto
Ainda que apareçam com menor número de questões, essas disciplinas têm grande potencial para impulsionar a classificação final.
Em Direito Ambiental, revise tópicos como responsabilidade ambiental, licenciamento, poder de polícia, Estatuto da Cidade e Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Já em Direitos Humanos, merecem atenção os Sistemas Interamericanos de Direitos Humanos (revise as condenações do Brasil na Corte Interamericana), o controle de convencionalidade e direitos humanos no ordenamento nacional.
No Direito Eleitoral, dedique um tempo para direitos políticos, crimes eleitorais, eleições e legislação e normas do direito eleitoral.
Por fim, a Formação Humanística, que vem ganhando espaço nas provas jurídicas, abrange ética pública e deontologia, sociologia, filosofia, ciência política, psicologia jurídica, direito digital, direito antidiscriminatório, etc.
Ainda que algumas disciplinas tenham menor presença estatística, podem garantir uma diferença decisiva na pontuação final.
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A força da jurisprudência na reta final
A jurisprudência ocupa um papel muito importante nas provas da VUNESP, refletindo a importância da interpretação consolidada dos tribunais superiores na aplicação do Direito.
As questões não se limitam à literalidade da lei, mas frequentemente exigem do candidato a capacidade de reconhecer o entendimento predominante do STF e do STJ sobre determinados temas.
Entre os materiais indispensáveis de revisão estão as súmulas do STJ e STF, que muitas vezes servem de base direta para o gabarito das questões objetivas. Também merecem atenção as teses fixadas em julgamentos de repercussão geral e recursos repetitivos, pois traduzem posicionamentos consolidados sobre temas práticos e recorrentes, com alta probabilidade de incidência nas provas.
Uma estratégia eficiente é reunir esse conteúdo em um material enxuto e constantemente atualizado. Essa compilação, voltada à revisão rápida e direcionada, auxilia na fixação dos principais precedentes e pode representar um diferencial competitivo na reta final.
Gestão do tempo e simulação de prova
A gestão do tempo é um dos fatores que mais influenciam o desempenho na prova do TJSP. A estrutura da prova de 100 questões objetivas para serem resolvidas exige não apenas domínio do conteúdo, mas também resistência mental, ritmo e estratégia de execução.
O primeiro passo é simular o tempo real da prova. Crie condições semelhantes às do dia do exame: sente-se com a prova impressa, cronômetro em mãos, e tente resolver as cem questões no limite previsto. Esse tipo de treino ajuda o cérebro a se acostumar com o ritmo e a pressão, evitando que o candidato “trave” durante a prova.
Outra tática essencial é utilizar provas anteriores completas da banca, especialmente das últimas edições do próprio TJSP. Além de familiarizar-se com o estilo das questões, o candidato aprende a reconhecer padrões de formulação e a calibrar o tempo médio de resposta por disciplina.
Durante a execução da prova, adote estratégias inteligentes de tempo:
- Comece pelas matérias que você domina melhor, garantindo acertos rápidos e ganhando confiança logo no início.
- Utilize a marcação estratégica: se a questão parecer longa ou exigir raciocínio mais detalhado, anote no caderno de prova um símbolo ou número para retornar depois, sem interromper o fluxo. Assim, você mantém o ritmo de resolução e evita desperdiçar tempo em perguntas que exigem leitura mais atenta.
- Reserve os últimos 15 a 20 minutos para preencher o gabarito com calma.
Por fim, aprenda a manter o ritmo sem exaustão mental. Isso se conquista com treinos realistas, pausas programadas durante o estudo e atenção a respiração e postura durante os simulados.
No dia da prova, o candidato que treinou com método e controle de tempo não apenas acerta mais, mas acerta com segurança e consistência.
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Saúde mental e constância na reta final
Na reta final antes da prova do TJSP, o equilíbrio é o verdadeiro diferencial. Não é raro ver candidatos se perderem na ansiedade e tentarem compensar inseguranças com jornadas exaustivas de estudo.
No entanto, esse comportamento costuma ser contraproducente: o excesso de carga mental reduz a capacidade de concentração, prejudica a memória e aumenta o risco de esgotamento justamente no momento em que mais se precisa de foco.
O ideal é adotar uma rotina de estudo de manutenção, revisar o conteúdo já consolidado, praticar questões e reforçar pontos-chave, sem tentar abarcar novos materiais ou temas inéditos. Nessa fase, o que garante desempenho é a constância, não a intensidade.
Manter sono regular, alimentação equilibrada e pausas curtas ao longo do dia é tão importante quanto revisar a lei seca ou resolver simulados. Um cérebro descansado é capaz de processar informações com mais clareza e reagir melhor à pressão do tempo no dia da prova.
Use as últimas semanas para ajustar o foco, consolidar o que já domina e preservar sua energia. É essa harmonia entre técnica e equilíbrio emocional que faz o candidato alcançar o seu melhor desempenho.
Saiba aqui como ter melhor gestão de tempo no dia da prova.
Conclusão
As últimas semanas antes da prova do TJSP não são um ponto de partida, são o momento de consolidação de tudo o que foi construído até aqui. Cada hora de estudo, cada revisão, cada simulado representa um investimento que agora se transforma em confiança e estabilidade.
Lembre-se: você não está começando agora, está apenas ajustando o foco para performar com o máximo de clareza e segurança no dia da prova.
A reta final exige consistência e serenidade. É a fase de confiar no próprio preparo, refinar o que já domina e manter o equilíbrio físico e mental para chegar ao exame no seu melhor estado possível.
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Porque na preparação de alto desempenho, não basta estudar: é preciso estudar com método, foco e estratégia. Essa é a marca dos alunos Ênfase, preparação inteligente, técnica refinada e resultados consistentes. O passo final antes da conquista começa agora.
Escrito por Isabela Fraga. Graduada em Direito pela Universidade Candido Mendes (UCAM). Revisora Jurídica no Curso Ênfase.
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