índice1
ToggleUma trajetória diferente desde o início
Rafael Porto, Juiz Federal do TRF da 6ª Região, compartilhou com João Mendes uma jornada repleta de reviravoltas e aprendizados.
A história de Rafael começou de forma inusitada: seu primeiro vestibular não foi para Direito, mas para Engenharia Mecânica.
“Meus pais são engenheiros, e meu pai tem uma pequena firma de engenharia mecânica. Na época do colégio, eu gostava de matemática, era minha matéria predileta, então já fui sendo direcionado para seguir os passos do meu pai. Fiz o vestibular, entrei na UFMG, e logo no primeiro semestre eu vi que não era bem aquilo que eu queria.”
Rafael conheceu o Direito por influência de suas irmãs: a mais velha, que estava cursando a faculdade, e a mais nova, que estava saindo do ensino médio e se preparando para o vestibular.
“Fiz vestibular novamente no final do ano para entrar para o curso de direito e entrei. Não vou dizer que “eu morri de amores” desde o início, mas eu fui percebendo que estava dando mais certo.”
Da advocacia ao desejo de fazer concursos públicos
Rafael iniciou sua carreira na advocacia, trabalhando em um escritório onde se encantou pela dinâmica de ganhar e perder causas.
No entanto, ele começou a perceber que não havia perspectivas de crescimento ali:
“Era um escritório já estabilizado, os donos eram pessoas um pouco mais velhas querendo ficar naquela tranquilidade. Eles tinham muitas empresas grandes que pagavam um valor mensal, então não tinham a perspectiva de querer crescer, abrir sociedade, abrir novas frentes para pessoas mais jovens entrarem… Fui percebendo que a situação ali não iria caminhar e que as pessoas que estavam lá há bem mais tempo do que eu ganhavam pouca coisa a mais do que eu. […] Eu iria ficar estagnado ali.”
Percebendo a situação, decidiu procurar um concurso público que o permitisse continuar advogando, como o cargo de Procurador Municipal de BH.
Mas, com o tempo, ajustou o foco para a área federal, começando por Defensoria Pública da União (DPU) e Advocacia Geral da União (AGU).
A estratégia vencedora: erros e acertos no estudo
Rafael atribui grande parte de seu sucesso ao planejamento de estudo.
“Eu peguei o edital da Procuradoria Federal e usei como norte. Com isso, conseguiria cobrir os outros certames todos.”
Nessa época, conta que estava 100% focado em estudar, o que reconhece como uma grande oportunidade, já que a maioria não poderia se dedicar integralmente aos estudos.
Rafael confessa ser um pouco metódico com seus estudos e descreve como dividia sua rotina:
“Eu dividia o dia em três turnos: manhã, tarde e noite. Uma matéria de manhã, outra matéria à tarde e outra à noite. Eu achava legal dividir dessa forma porque, com isso, eu conseguia mudar um pouco o ritmo.”
E continua:
“Ao estudar uma só disciplina o seu dia inteiro, chega um momento que você fica cansado. Então, na hora que eu estava começando a ficar cansado eu mudava para outra disciplina. Às vezes, eu estava até curioso, porque tinha lido alguma coisa na véspera e parado no meio. Estava com a curiosidade aguçada para continuar, para retomar aquela matéria.”
Rafael também reforça que apesar de cada um ter seu método de estudo pessoal, o resumo era o que funcionava melhor para ele:
“O método de estudo da minha vida inteira foi fazendo resumo. Eu consigo absorver escrevendo. Cada um tem um método. A minha irmã mais nova, por exemplo, que também passou em concurso público, estudava dando aula para si mesma na frente do espelho.”
O importante é reconhecer, com prática e tempo, qual é o melhor método para você.
O momento decisivo: o último concurso
Após anos de preparação, Rafael decidiu fazer o concurso da magistratura federal do TRF da 1ª Região (que, mais tarde, desmembrou para a 6° região), mesmo sem estar totalmente confiante.
“Eu estava morando em Brasília e decidi fazer a prova já que não precisava viajar. Fiz a prova para sentir como era, para testar. Só não sabia que eu tinha tido uma evolução grande do começo daquele ano para o final.”
Aprovado na primeira fase, ele intensificou os estudos, focando na produção bibliográfica e jurisprudencial da banca examinadora.
“Fiz esse estudo bem direcionado e funcionou muito bem. As questões da prova vieram bem em cima do que os membros da banca tinham como produção.”
Foram 3 anos e 9 meses de dedicação intensa e inteligente, até Rafael alcançar o sonho de ser aprovado para Juiz Federal, hoje do TRF6.
A mensagem final de Rafael
Rafael Porto acredita que a frase na bandeira do Espírito Santo — “Trabalha e Confia” — resume perfeitamente a jornada rumo à aprovação.
Se você trabalhar duro e confiar no processo, uma hora a aprovação vem. “Você vai levar um tempo, cada um tem o seu, mas também não é impossível para ninguém.”
Direcionamento Nível Ênfase
Rafael é um exemplo de que, com método, disciplina e foco, é possível superar qualquer obstáculo.
Se você também quer otimizar seus estudos e dar os próximos passos rumo à aprovação na Magistratura, clique aqui e comece sua jornada conosco.
E para assistir a entrevista completa do João Mendes Entrevista com Rafael Porto, clique aqui!
Abraço,
Time Ênfase