índice1
ToggleQuestões Inéditas
A Responsabilidade Civil, conforme estabelecida no Código Civil, é um dos pilares do nosso ordenamento jurídico, determinando as condições para reparar danos e garantir a justiça nas relações interpessoais. Compreender esses conceitos é crucial tanto para profissionais do Direito quanto para quem deseja se aprofundar na interpretação das normas que protegem os direitos individuais.
Pensando nisso, preparamos um conjunto exclusivo de questões inéditas que abordam os principais aspectos da responsabilidade civil. As perguntas exploram temas como a obrigação de indenizar, a distinção entre responsabilidade subjetiva (com comprovação de culpa) e objetiva (em situações de risco, inadimplemento e delegação), o nexo causal, as excludentes (como caso fortuito, força maior e ilicitude), além da diferenciação entre danos material e moral e a análise da culpa concorrente.
Cada questão foi desenvolvida com o rigor das principais bancas examinadoras e vem acompanhada de uma justificativa detalhada para a alternativa correta, permitindo um entendimento mais profundo dos dispositivos legais.
Se o seu objetivo é dominar os fundamentos da responsabilidade civil no Código Civil e se preparar de maneira eficaz para desafios acadêmicos ou profissionais, este material é o recurso ideal para sua jornada de estudos.
Acesse mais questões inéditas aqui.
Para saber mais sobre os diversos cursos preparatórios do Ênfase, acesse:
Juiz de Direito e Promotor de Justiça
Juiz Federal e Juiz de Direito
Juiz Federal e Procurador da República
Juiz do Trabalho e Procurador do Trabalho
Quer ser habilitado no ENAM? Nós preparamos um curso especial para você: Intensivão ENAM 3º Exame – 2025.1
Vamos às questões:
Questão 1
Considerando o entendimento predominante do Código Civil vigente, que impõe a responsabilidade civil do agente com base na comprovação de culpa pa/ra a reparação do dano – excetuando-se as situações em que a lei adota, expressamente, a responsabilidade objetiva –, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA que sintetiza esse entendimento.
A) A responsabilidade civil fundamenta-se exclusivamente na constatação do dano, dispensando a demonstração de culpa ou a verificação do nexo causal.
B) A responsabilidade civil objetiva aplica-se indistintamente a todas as hipóteses previstas no ordenamento jurídico, independentemente de previsão legal específica.
C) Presume-se a culpa do agente, de modo que a simples ocorrência do dano enseja a obrigação de indenizar.
D) A responsabilidade civil é, via de regra, subjetiva, exigindo a comprovação da culpa, salvo nas exceções em que a lei expressamente impõe a responsabilidade objetiva.
E) O agente responde pelo dano apenas se for demonstrado o nexo causal, prescindindo da necessidade de comprovar a culpa.
Gabarito: D) A responsabilidade civil é, via de regra, subjetiva, exigindo a comprovação da culpa, salvo nas exceções em que a lei expressamente impõe a responsabilidade objetiva.
Justificativa: De acordo com o art. 186 do CC, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito. Ademais, conforme o art. 927 do CC, a obrigação de indenizar somente surge com a demonstração da culpa, salvo nas exceções em que a lei institui a responsabilidade objetiva. Assim, a alternativa D sintetiza com precisão o entendimento de que, via de regra, a responsabilidade civil depende da comprovação da culpa.
Questão 2
No contexto da responsabilidade civil, a teoria do risco do empreendimento, aplicada a determinadas atividades, postula que o agente responde pelos danos decorrentes de sua atividade de forma objetiva, dispensando a comprovação de culpa. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA que sintetiza essa sistemática.
A) O agente responde pelos danos decorrentes de sua atividade apenas se ficar demonstrado que agiu com dolo, mesmo quando se trata de atividades de risco.
B) No contexto das atividades de risco, a responsabilidade civil permanece subjetiva, exigindo a demonstração de conduta negligente ou imprudente para a reparação dos danos.
C) Em atividades de risco, a responsabilidade civil pode ser atenuada pela eventual influência do fator culpa, desde que o dano seja estritamente material.
D) Mesmo no âmbito das atividades de risco, o agente poderá ser exonerado da responsabilidade se demonstrar a ausência do dano decorrente de sua atividade.
E) A responsabilidade civil é objetiva, exigindo apenas a comprovação do dano e do nexo causal, independentemente da demonstração de culpa.
Gabarito: E) A responsabilidade civil é objetiva, exigindo apenas a comprovação do dano e do nexo causal, independentemente da demonstração de culpa.
Justificativa: De acordo com o art. 927 do CC, na aplicação da teoria do risco do empreendimento, quando o agente assume o risco inerente à sua atividade, basta a comprovação do dano e do nexo causal para a configuração da responsabilidade, dispensando-se a necessidade de demonstrar culpa.
Questão 3
No âmbito da responsabilidade civil, a teoria que afasta o dever de indenizar postula que a ocorrência de caso fortuito ou força maior – quando o evento é imprevisível e irresistível – exime o agente da obrigação de reparar o dano. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA que sintetiza essa excludente.
A) A ocorrência de caso fortuito ou força maior exime a responsabilidade, ainda que se constate a contribuição culposa do agente para o resultado danoso.
B) O reconhecimento do caso fortuito afasta a responsabilidade civil independentemente de comprovação dos elementos que caracterizam sua imprevisibilidade e irresistibilidade.
C) A excludente de responsabilidade decorrente da força maior aplica-se apenas aos danos materiais, não alcançando os danos de natureza moral.
D) A comprovação da ocorrência de caso fortuito ou de força maior afasta a responsabilidade civil, desde que se demonstre que o evento foi, de fato, imprevisível e irresistível.
E) O agente jamais poderá alegar caso fortuito ou força maior para se eximir da responsabilidade, uma vez que o dano, uma vez causado, consolida a obrigação de indenizar.
Gabarito: D) A comprovação da ocorrência de caso fortuito ou de força maior afasta a responsabilidade civil, desde que se demonstre que o evento foi, de fato, imprevisível e irresistível.
Justificativa: De acordo com o art. 393 do CC, que exime o devedor dos prejuízos decorrentes de caso fortuito ou força maior, aplica-se, por analogia, o mesmo entendimento à responsabilidade civil. Assim, se comprovados os requisitos da imprevisibilidade e irresistibilidade do evento, o agente não responderá pela reparação do dano.
Questão 4
No contexto da responsabilidade civil, a demonstração do vínculo entre a conduta do agente e o dano é condição imprescindível para a obrigação de indenizar. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA que melhor expressa essa exigência no ordenamento civil.
A) O nexo causal pode ser presumido unicamente pela constatação do dano, dispensando uma análise aprofundada da ligação entre a conduta e o prejuízo.
B) A indenização decorrente da responsabilidade civil deve sempre corresponder exatamente ao valor do prejuízo material comprovado pela vítima.
C) Na hipótese de danos morais, a necessidade de comprovar o nexo causal é dispensada para a responsabilização do agente.
D) O nexo causal, que conecta a conduta do agente ao dano sofrido, é requisito indispensável para a configuração da obrigação de indenizar.
E) Ainda que se demonstre a culpa do agente, a ausência de um vínculo direto entre sua conduta e o dano impede a imposição do dever de indenizar.
Gabarito: D) O nexo causal, que conecta a conduta do agente ao dano sofrido, é requisito indispensável para a configuração da obrigação de indenizar.
Justificativa: Conforme os princípios gerais consagrados pelo art. 186 do CC e reiterados pelo art. 927, a configuração da obrigação de indenizar exige a comprovação inequívoca do nexo causal entre a conduta ilícita e o dano sofrido, constituindo condição indispensável para a reparação do prejuízo.
Questão 5
Em sede de reparação integral decorrente de ato ilícito, a distinção entre danos de natureza material e moral revela-se fundamental para a efetivação da responsabilidade civil. Considerando os fundamentos do Código Civil, escolha a alternativa CORRETA que melhor delineia essa diferenciação, evidenciando os prejuízos econômicos e os abalos à esfera íntima do indivíduo.
A) O dano material compreende os prejuízos econômicos efetivamente suportados, enquanto o dano moral consubstancia a violação à integridade psíquica e à dignidade da pessoa, prescindindo da demonstração de prejuízo financeiro.
B) O dano moral somente se torna passível de indenização mediante a comprovação concomitante de um prejuízo econômico mensurável.
C) Ambos os danos, material e moral, devem ser quantificados unicamente em termos pecuniários, ignorando a dimensão subjetiva inerente à ofensa moral.
D) A reparação integral restringe-se aos prejuízos patrimoniais, excluindo a compensação por danos extrapatrimoniais.
E) A distinção entre dano material e moral está condicionada à avaliação judicial do prejuízo econômico sofrido pela vítima.
Gabarito: A) O dano material compreende os prejuízos econômicos efetivamente suportados, enquanto o dano moral consubstancia a violação à integridade psíquica e à dignidade da pessoa, prescindindo da demonstração de prejuízo financeiro.
Justificativa: De acordo com o art. 944 do CC, o dano material refere-se aos prejuízos econômicos concretos, enquanto o dano moral abrange os danos extrapatrimoniais decorrentes da ofensa à integridade psíquica e à dignidade da pessoa, não exigindo a comprovação de prejuízo financeiro. Assim, a alternativa A é a que melhor expressa essa diferenciação.
Questão 6
Em situações de responsabilidade compartilhada, reconhece-se que a participação contributiva da vítima no resultado danoso pode atenuar, de forma proporcional, o valor da indenização, sem eximir o agente de sua obrigação reparatória. Assinale a alternativa CORRETA que melhor reflete essa compreensão.
A) A participação contributiva da vítima exime o agente de qualquer obrigação indenizatória.
B) A existência de culpa concorrente não interfere na integralidade do dever reparatório do agente.
C) A culpa concorrente pode intensificar a responsabilidade do agente, elevando o quantum indenizatório.
D) A culpa concorrente da vítima impacta apenas a obrigação de reparar danos materiais, não se aplicando à indenização por danos morais.
E) A participação contributiva da vítima pode atenuar, de forma proporcional, o valor da indenização, sem eximir o agente de reparar o dano.
Gabarito: E) A participação contributiva da vítima pode atenuar, de forma proporcional, o valor da indenização, sem eximir o agente de reparar o dano.
Justificativa: De acordo com o art. 945 do CC, havendo contribuição da vítima para o evento danoso, o valor da indenização deverá ser reduzido de forma proporcional à medida em que sua conduta contribuiu para o resultado, aplicando-se, assim, o princípio da redução proporcional na análise da culpa concorrente.
Questão 7
Em situações de atividade delegada, é reconhecido que a omissão na supervisão adequada pode ensejar a responsabilização do delegante pelos atos praticados pelo terceiro. Assinale a alternativa CORRETA que melhor representa esse instituto.
A) O delegante não responde pelos atos praticados pelo terceiro, pois a responsabilidade recai unicamente sobre o autor do ato ilícito.
B) A responsabilidade do delegante é absoluta e independe de sua conduta de supervisão.
C) O delegante somente responderá pelos atos do terceiro se for comprovado que este agiu com dolo, independentemente do exercício da supervisão.
D) A responsabilização do delegante decorre exclusivamente da formalização contratual da delegação, sem considerar a eficácia da supervisão.
E) Se evidenciada a delegação da atividade e a omissão na supervisão adequada, o delegante responderá de forma subsidiária pelos danos causados pelo terceiro.
Gabarito: E) Se evidenciada a delegação da atividade e a omissão na supervisão adequada, o delegante responderá de forma subsidiária pelos danos causados pelo terceiro.
Justificativa: Com base nos princípios gerais da responsabilidade civil e na analogia com a responsabilidade do empregador por atos de seus prepostos (conforme o entendimento consagrado e, analogamente, aos arts. 932 e 933 do CC), a delegação de atividade não exime o delegante do dever de supervisão. Assim, a omissão na supervisão, quando constatada, gera a responsabilidade subsidiária do delegante pelos danos causados pelo terceiro.
Questão 8
Em situações de inadimplemento contratual, reconhece-se que, quando a obrigação de indenizar foi previamente pactuada, a reparação dos danos pode ocorrer de forma objetiva, independentemente da demonstração de culpa. Assinale a alternativa CORRETA que melhor reflete essa premissa.
A) O inadimplemento contratual acarreta responsabilidade de natureza subjetiva, exigindo a comprovação do dolo para ensejar qualquer indenização.
B) A inclusão de uma cláusula penal impede, por si só, a configuração da responsabilidade objetiva no inadimplemento contratual.
C) A reparação dos danos decorrentes do inadimplemento exige, de forma exclusiva, a demonstração do dolo por parte do devedor.
D) O inadimplemento contratual pode ensejar a responsabilidade civil de natureza objetiva, dispensando a prova de culpa, desde que se verifique a ocorrência do dano e o nexo causal.
E) Em situações de inadimplemento, a responsabilidade civil é afastada pela ocorrência de eventos de força maior.
Gabarito: D) O inadimplemento contratual pode ensejar a responsabilidade civil de natureza objetiva, dispensando a prova de culpa, desde que se verifique a ocorrência do dano e o nexo causal.
Justificativa: Conforme o art. 389 do CC, “não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros, atualização monetária e honorários de advogado” . Assim, na hipótese de inadimplemento contratual, se houver previsão prévia de indenização, basta a comprovação do não cumprimento, do prejuízo e do nexo causal para que o devedor seja responsabilizado de forma objetiva, sem necessidade de demonstração de culpa.
Questão 9
Quando se comprova que um ato foi praticado de forma lícita, a obrigação de indenizar pode ser afastada, independentemente da existência de eventual dano. Assinale a alternativa CORRETA que melhor expressa essa hipótese.
A) A excludente de ilicitude afasta a responsabilidade, mesmo que se comprove a existência de culpa na conduta.
B) A aplicação da excludente de ilicitude restringe-se aos prejuízos de natureza material, não alcançando os danos morais.
C) Com a excludente de ilicitude, prescinde-se da necessidade de demonstrar o nexo causal entre a conduta e o dano.
D) Se for comprovada a licitude do ato praticado, o agente não responderá civilmente, independentemente dos danos decorrentes.
E) A excludente de ilicitude somente produzirá efeitos se houver, em análise judicial, a constatação da ausência de prejuízo econômico.
Gabarito: D) Se for comprovada a licitude do ato praticado, o agente não responderá civilmente, independentemente dos danos decorrentes.
Justificativa: De acordo com o art. 188 do CC, a comprovação de que o ato foi praticado de forma lícita afasta a obrigação de indenizar, independentemente dos danos ocasionados. Assim, se for demonstrada a licitude do ato, o agente não responderá civilmente, o que é fielmente expresso pela alternativa D.
Questão 10
A fixação do quantum indenizatório deve observar o critério da razoabilidade, assegurando a moderação na reparação dos danos, ainda que o prejuízo tenha sido integralmente demonstrado. Considerando a aplicação desse princípio na responsabilidade civil, assinale a alternativa que CORRETAMENTE reflete essa diretriz.
A) O critério da razoabilidade na fixação da indenização restringe-se a hipóteses de danos extrapatrimoniais, não se aplicando a reparações decorrentes de danos materiais.
B) O princípio da razoabilidade na fixação da indenização permite a adequação do quantum em função de circunstâncias atenuantes, evitando o enriquecimento sem causa.
C) A aplicação do critério da razoabilidade na fixação da indenização limita-se aos casos de culpa leve, sendo inaplicável quando houver dolo ou culpa grave do agente.
D) A moderação do quantum indenizatório depende da capacidade financeira do ofensor, sendo reduzida caso a reparação integral comprometa significativamente seu patrimônio.
E) O critério da razoabilidade impede a reparação integral dos danos, impondo um limite indenizatório correspondente apenas aos danos emergentes.
Gabarito: B) O princípio da razoabilidade na fixação da indenização permite a adequação do quantum em função de circunstâncias atenuantes, evitando o enriquecimento sem causa.
Justificativa: De acordo com o art. 944, parágrafo único, do CC, a indenização deve ser proporcional à extensão do dano, mas o juiz pode reduzir equitativamente o valor quando houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano. Esse dispositivo fundamenta a aplicação do critério da razoabilidade na fixação do quantum indenizatório, permitindo ajustes que evitem condenações desproporcionais e enriquecimento sem causa.
Conclusão
Dominar os fundamentos da responsabilidade civil é essencial para assegurar a adequada reparação dos danos e a proteção dos direitos individuais, sendo um diferencial crucial para a aprovação nos concursos de alta performance. Compreender, de forma aprofundada, a obrigação de indenizar, a distinção entre responsabilidade subjetiva e objetiva, as excludentes e a indispensabilidade do nexo causal é vital para quem almeja carreiras jurídicas de excelência.
As questões inéditas apresentadas neste material foram elaboradas com rigor e acompanham justificativas detalhadas, proporcionando a identificação e superação de eventuais lacunas de conhecimento.
Conte com o Ênfase – referência consolidada na preparação para concursos como Juiz Federal, Juiz de Direito, Promotor de Justiça, Procurador da República, entre outros – para transformar seu estudo em aprovação.
Aproveite nossa metodologia exclusiva, os simulados inéditos e o conteúdo sempre atualizado para estar um passo à frente dos concorrentes. O momento de se preparar é agora.
Escolha o Ênfase e invista no seu sucesso!
Escrito por Letícia dos Santos Trajano. Graduada em Direito pela UERJ. Pós-graduanda em Advocacia Trabalhista e Previdenciária. Revisora Jurídica no Curso Ênfase.
Curso Ênfase – Pela mão até a aprovação!