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ToggleAprovação no ENAM Manaus
No último Exame Nacional da Magistratura (ENAM) realizado em Manaus, apenas 6% dos candidatos obtiveram a aprovação.
Em números absolutos, isso representa apenas 21 aprovados dentre os 329 que prestaram a prova.
Considerando o estado do Amazonas, com uma população superior a 4 milhões de habitantes, esse resultado é alarmante.
Diante da expectativa de abertura de diversos concursos para Juiz, é preocupante que somente 21 pessoas do estado do Amazonas estejam “em condições” de disputar essas vagas.
A baixa taxa de aprovação no ENAM, em geral, pode ser reflexo de diversos fatores.
A atual situação, em que apenas uma pequena fração dos candidatos se habilitou, aponta para desafios significativos que precisam ser enfrentados pelo Estado, por instituições de ensino e pelos próprios aspirantes a uma carreira na magistratura.
Idealização do ENAM
O Exame Nacional da Magistratura (ENAM) foi idealizado com o propósito de selecionar candidatos verdadeiramente vocacionados para a carreira da magistratura.
Essa intenção nobre visa garantir que apenas aqueles com aptidão e compromisso para atuar como juízes passem para as próximas etapas e, eventualmente, ingressem na carreira.
Contudo, os resultados recentes do exame levantam uma questão pertinente: será que o ENAM está realmente cumprindo esse objetivo? Isso nos faz perguntar: tem algo de errado com o modelo de prova? A prova realmente seleciona os candidatos vocacionados?
A resposta a essas perguntas parece ser negativa.
A prova do ENAM, tal como está estruturada atualmente, não seleciona candidatos com verdadeira vocação para a magistratura. Pelo contrário, ela se resume a uma prova objetiva típica da primeira fase de concursos públicos para juiz.
Este modelo de exame foca primordialmente no conhecimento técnico e na capacidade de resolver questões de múltipla escolha em um curto período de tempo.
Não há elementos na prova que avaliem a vocação dos candidatos, como a capacidade de tomada de decisões justas e equilibradas, a empatia, a ética, e a disposição para servir à justiça e à sociedade.
Estas são qualidades essenciais para um bom juiz, mas que não são mensuradas por um teste objetivo.
Assim, candidatos que poderiam ser excelentes magistrados, mas que não possuem a habilidade específica de realizar provas objetivas com alta pontuação, são preteridos.
Este modelo de seleção pode resultar na exclusão de indivíduos vocacionados e aptos para a magistratura, ao mesmo tempo em que pode aprovar aqueles que são bons em passar em provas, mas que não necessariamente possuem as qualidades humanas e éticas requeridas para a função.
Encarando a Realidade
Apesar das críticas ao modelo do Exame Nacional da Magistratura (ENAM), devemos encarar a realidade como ela é.
A atual configuração do ENAM é, na prática, uma busca pela aprovação em uma típica primeira fase de concurso para juiz, mas com matérias e questões reduzidas e talvez mais específicas para determinadas carreiras da magistratura.
Isso pode prejudicar ou beneficiar certos candidatos, dependendo de suas facilidades e competências nas áreas avaliadas.
Por conseguinte, a prova do ENAM não avalia de forma tão abrangente quanto a primeira fase tradicional dos concursos para a magistratura.
Dessa forma, não é uma regra que um candidato que já esteja apto a passar para a segunda fase de um concurso de juiz seja aprovado no ENAM. Contudo, as chances são um pouco maiores nesses casos.
Portanto, é crucial que os candidatos encarem o ENAM como uma etapa inicial de um concurso de juiz e dediquem-se à sua aprovação.
Não há outra saída no momento para aqueles que sonham com a magistratura.
Os candidatos devem focar em uma preparação específica e direcionada, com estratégia, compreendendo suas peculiaridades e concentrando-se nas matérias e habilidades que são avaliadas.
A dedicação e a preparação estratégica são essenciais para superar essa primeira barreira e avançar no caminho rumo à magistratura.
Além disso, a compreensão do formato da prova e a prática constante com questões objetivas podem aumentar significativamente as chances de sucesso.
É importante que os aspirantes a juízes mantenham-se atualizados com as exigências do exame e adaptem seus estudos para atender a essas demandas específicas.
Encarar a prova do ENAM com seriedade e determinação é o primeiro passo para alcançar a tão almejada carreira na magistratura, mesmo que o modelo atual não seja perfeito na seleção dos candidatos mais vocacionados.
A realidade impõe que se adaptem ao sistema vigente e busquem a excelência dentro dos parâmetros estabelecidos.
Resolução das Provas Aplicadas
Para os candidatos que desejam se preparar eficazmente para o Exame Nacional da Magistratura (ENAM) de outubro, é fundamental resolver as duas provas que foram aplicadas este ano.
Analisar e resolver essas provas oferece diversas vantagens cruciais para uma preparação sólida e direcionada, tais como:
- Compreensão do Padrão de Questões: Ao resolver as provas anteriores, os candidatos podem identificar o estilo e o formato das perguntas. Isso inclui a estrutura das questões, o nível de dificuldade e o tipo de raciocínio exigido. Conhecer o padrão de questões ajuda a diminuir a surpresa e a ansiedade no dia da prova real.
- Identificação das Áreas de Foco: As provas anteriores revelam quais são as matérias e temas mais recorrentes e enfatizados pelo ENAM. Isso permite aos candidatos direcionar seus estudos para essas áreas, garantindo uma preparação mais eficiente e estratégica.
- Desenvolvimento do Raciocínio Necessário: Entender o tipo de raciocínio que as questões do ENAM demandam é crucial. Ao praticar com provas anteriores, os candidatos podem aprimorar sua capacidade de interpretar e resolver questões de maneira lógica e coerente, ajustando seu pensamento ao estilo da prova.
- Gerenciamento do Tempo: Fazer as provas anteriores permite aos candidatos praticar o gerenciamento do tempo durante a realização do exame. Saber quanto tempo levar para cada questão e como distribuir o tempo ao longo da prova é vital para garantir que todas as questões sejam respondidas adequadamente dentro do prazo.
- Autoavaliação e Ajustes na Preparação: Resolver as provas anteriores possibilita uma autoavaliação realista. Os candidatos podem identificar suas fortalezas e, mais importante, suas fraquezas. Isso permite ajustar a preparação, focando mais nos pontos fracos e consolidando os pontos fortes.
Em resumo, resolver as duas provas do ENAM aplicadas este ano é uma estratégia essencial para qualquer candidato que deseja maximizar suas chances de aprovação em outubro.
Portanto, dedicar tempo a essa preparação específica é um investimento valioso para alcançar a tão almejada carreira na magistratura.
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Conclusão
A análise do ENAM revela importantes insights sobre a preparação dos candidatos e a estrutura do exame.
Apesar das críticas ao modelo atual, é imprescindível que os aspirantes à magistratura se adaptem às exigências vigentes, focando em uma preparação específica e estratégica.
Resolver provas anteriores, entender o formato das questões e gerenciar o tempo de forma eficaz são passos cruciais para superar essa primeira barreira.
Encarar a realidade do ENAM com seriedade e determinação é fundamental para alcançar o sonho de uma carreira na magistratura.
Mesmo que o modelo atual não seja perfeito na seleção dos candidatos mais vocacionados, a dedicação e o esforço contínuo são essenciais para avançar no caminho rumo à magistratura e contribuir significativamente para o sistema judiciário.
Escrito por Mariana Garcia da Silveira. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pós-graduada em Direito Tributário. Revisora Jurídica no Curso Ênfase.
Curso Ênfase – Pela mão até a aprovação!